
Concurseiros, isso é muito comum. E muito sério.
Chama-se falta de planejamento para os estudos. Quando se tem um planejamento,
tudo fica muito, mas muuuuito mais fácil! Explico.
Quando eu era solteira, meu então namorado não
via o meu modo de organização e planejamento para os estudos. Ele sabia que eu
estudava, sabia que eu seguia um roteiro, mas não tinha noção de como
funcionava.
Depois que casei, decidi elaborar um novo plano
de estudos, voltado para a minha nova rotina. E ele, o meu marido, estava em
casa quando eu resolvi isso.
Ele me viu sentar, pegar um Edital de um
concurso, analisar as matérias e começar a distribuí-las em quadros de horários,
juntamente com uma legenda. Por exemplo: segunda-feira de 19h as 21h –
Administrativo 1 (O número 1 corresponderia a algum ponto da matéria).
Gastei uma tarde inteira de domingo para fazer o
meu quadro. Foi quando ele soltou:
- nossa, se você gasta esse tempo todo só para
elaborar o seu quadro, imagina quando for para estudar as matérias que estão no
quadro!
Para ele, que não é concurseiro, realmente fica
difícil entender como uma pessoa “perde” tanto tempo elaborando um quadro,
enquanto poderia utilizar esse tempo estudando efetivamente o que vai cair na
prova.
No entanto, o que ele não consegue visualizar é
que, havendo o planejamento, o concurseiro consegue realizar todas as atividades
a que se propõe, desde o aprendizado da matéria, passando pela academia, igreja,
compromissos sociais, e até mesmo assistir televisão.
Quando você segue um roteiro, consegue ter aquela
visão do todo, a visão de quando terminará o estudo de determinada matéria,
quando iniciará o estudo da outra, se tem alguma matéria atrasada, se está dando
menos atenção a algum ponto importante, etc. Assim, o concurseiro não se perde,
fica no controle da situação.
Adoro o meu planejamento, e muitas vezes faço
substituições. Por exemplo, programei de estudar Constitucional na sexta-feira
das 19h às 21h. Só que terei uma festa de aniversário do meu sobrinho para ir
nesse dia e horário. Ao invés de deixar de ir à festa, e ficar em casa estudando
e imaginando as pessoas que deixei de encontrar, a tristeza do meu sobrinho por
eu não ter ido prestigiá-lo, as guloseimas maravilhosas que estou perdendo, o
quão animado tudo deve estar, etc., eu faço uma troca inteligente. Vejo no meu
quadro o dia e hora que marquei para descansar e substituo o descanso pela
programação de estudos da sexta, utilizando a sexta para o descanso. Assim, vou
à festa e aproveito com a consciência limpa, porque sei que não estou deixando
de estudar para estar ali, eu apenas fiz a minha transferência no quadro de
estudos.
Isso pode ser muito produtivo, pois quando eu não
faço a substituição, fico em casa frustrada, não estudo com a paixão que eu
deveria, não me concentro na matéria, e ainda, fico lamentando essa vida
concurseira ingrata.
Lembre-se, concurseiro, todos nós precisamos
descansar, distrair a mente. Então, o seu quadro de estudos deve ter horários
reservados para o descanso. E quando for possível, por que não remanejá-los de
acordo com a sua necessidade?
Apague essa ideia de que, para passar, o
concurseiro deve abrir mão de toda a sua vida social. É claro que se você é
alguém muito bem relacionado e com muitos compromissos sociais, terá de fazer
escolhas, afinal, um bom quadro de estudos não vai estar lotado de horários de
descanso, de modo que dê para fazer a substituição para todos os eventos que
surgirem. Mas na certa, o concurseiro que possui um bom planejamento, consegue
conciliar sua vida social com os seus estudos e não fica frustrado de estar no
churrasco enquanto deveria estar estudando e vice-versa.
Resumo da Ópera: O concurseiro deve ter um
quadro para conseguir conciliar a sua vida de estudos com a sua vida pessoal.
Deve segui-lo à risca, mas diante de algum compromisso que julgue importante,
sendo possível (leia-se: tendo “vaga” em algum horário reservado para descanso),
não há problema em fazer a substituição no quadro. O que não vale é simplesmente
deixar de estudar a matéria programada para ir ao seu compromisso. Para que não
haja acúmulo posterior de matéria (o que pode virar uma bola de neve
incontrolável), o certo é fazer a troca inteligente.
Lívia Abrão é uma
concurseira que adapta o seu quadro de estudos conforme as suas
necessidades.
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